Com cerca de 100 milhões de acessos diários, o You Tube é o maior sucesso da Internet. Sob o slogan “transmita você mesmo”, o mega site passou a representar o ideal de democratização da imagem num universo monopolizado por emissoras de TV e estúdios de cinema.A promessa de que o You Tube quebraria esse monopólio não se concretizou. É o que acredita Nick Douglas, em artigo na Slate:Era de se esperar que a Internet transformasse o mundo do vídeo em igualitário. Nunca mais uma oligarquia de provedores de conteúdo – algumas redes de TV, alguns grandes estúdios de cinema – controlaria aquilo que assistimos. A web dá às pessoas criativas uma audiência potencial de milhões, bem como incontáveis espaços para mostrar suas criações. Mas não é o rumo que as coisas tomaram. O vídeo na web não é uma oligarquia, é uma ditadura. Ou você está no You Tube, ou ninguém está assistindo.Essa dominação acaba criando um mal-entendido, o de que achamos que web video é sinônimo do que aparece no You Tube. Isso, segundo Nick Douglas, tem limitado o significado do que pode ser video on line, e por causa dessa hegemonia outras opções inovadoras ficam eclipsadas.Embora o You Tube não represente a única plataforma em que se pode veicular vídeos, acaba abocanhando 60% do tráfego on line. Além disso, Nick Douglas lembra que o site não foi o pioneiro em abrigar vídeos, mas o primeiro a fazê-lo bem. Inovações como o formato Flash, eliminando a exigência de plug-ins, asseguraram o sucesso da iniciativa. Outro fator determinante é que seus criadores não se apressaram em abolir conteúdo protegido por copyright.O poder do You Tube é esmagador. Nick Douglas fornece um exemplo. Em agosto de 2006, um sujeito chamado Noah Kalina postou um mesmo vídeo simultaneamente no Vimeo e no You Tube. Foram registrados, desde então, 6 milhões de visitas no You Tube, contra apenas 100 mil no Vimeo.Então, ante domínio tão avassalador, Nick Douglas indaga: de que forma outros sites poderão competir?
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